segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dona Jú

Escrever é sim a melhor opção para registrar o que se passa. Quem não tem desgostos, nunca mergulhou de verdade em algo que fizesse bem.

Ontem, por volta às 22 horas tocou meu celular. Numero estranho. Atendi, e para minha surpresa era minha mãe. “Meu filho, como está? Te liguei porque senti que algo aconteceu”. É... o ultimo choro do dia foi no celular. Ela saiu de uma cirurgia há uma semana, invés de eu ligar, foi ela que ligou. Enquanto me engasgava no celular, ela rapidamente identificou o motivo, e disse: “levanta a cabeça Lucas, bola pra frente”. Logo passou o celular a minha vó, que preocupada disse: “o que ouve Lucas, algum problema?”. Para não preocupar, apenas disse que estava triste, que está tudo bem, e que ela pode seguir cuidando da mãe em Caçapava.

Telefone desligado, e choro engasgado. Preço alto, pela falha (que teve sua construção ao longo da semana, e que nada justifica).

Hoje de manhã, o sol raiou. Levantei cedo, banho, barba, arrumar a cama, caminhar no sol indo para o trabalho. Nova semana, nova etapa a ser construída, por mais dor que se sinta, é preciso acreditar no futuro, fazer no presente, esquecer o passado.

Chego ao trabalho, começo minhas tarefas. Entre cafés e conversas, toca o telefone. Atendo e o telefonista do escritório diz: Tua vó esta aqui em baixo, te esperando. É... Ela saiu de Caçapava hoje de manhã, para vir me ver. Qualquer reação passa necessariamente pelo apoio familiar. Ganhar um abraço, ouvir os conselhos e chorar no ombro da vó, é sim uma forma de construir um dia mais leve, e tranqüilo.

Dona Jú nunca me abandonou. Mesmo estando errado, ela aconselha e diz para eu levantar a cabeça e seguir em frente. O dia de frio, tem sol. Se existe sol, existe a possibilidade das lagrimas secar, e dar a volta por cima.

Boa tarde!
14:17

Um comentário:

Panzinha disse...

Que lindo Lucas...familia eh assim mesmo... NECESSÁRIAAAAA...BJÃO